É apenas mais um dia da minha vida em que acordei. Olhei para a janela e estava tudo como no dia anterior, as mesmas pessoas a passarem com aqueles sorrisos comidos pela hipocrisia, falsidade e ignorância, acenando a tudo o que se mexia de forma mecanizada como as maquinas numa fabrica. O céu encoberto com nuvens negras, carregadas de sobriedade que me inquieta por dentro por não saber o que estará neste dia para acontecer, olhei mais uma vez para o telemóvel à espera que dissesses que estavas ali. Aquele lugar onde sempre me habituaste para quando precisa-se de ti te procurar, mas não estavas lá e já não é de hoje, nem de ontem nem de quando me disseste, é mesmo quando tu apareceste na minha vida que me deixaste assim.
Acordas, dizes-me carinhosamente que gostavas de estar comigo, quando estamos juntos o meu mundo resume-se a eu, tu e o lugar escolhido para o partilharmos. Mas quando te vais embora, as coisas mudam o mundo comprime-se apenas dentro de mim onde existe um (TU) e mais ninguém lá pode entrar porque, porque...
porque a razão ainda esta por decifrar.
